"Talvez o que não vimos tão claramente há 60 anos atrás é o facto de que o avanço tecnológico não significa necessariamente progresso humano. Por vezes, pode significar o contrário.
Quanto mais comunicamos, mais difícil por vezes se torna a avaliação do que dizemos. Mais informação geralmente significa menos contexto e mais confusão. Mais do que isso, o aumento do ritmo da interação humana significa que encontramos o estranho com mais frequência e mais diretamente. O que é diferente, já não é abstrato e distante. Mesmo para os mais tolerantes entre nós, a diferença, pode estar cada vez mais perto e mesmo à nossa frente.
O que tudo isto significa é que o desafio de viver bem juntos - um desafio tão antigo quanto a raça humana - pode parecer cada vez mais complicado. E então perguntamos: quais são os recursos que podemos recorrer agora para combater esta tendência?
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O que isto significa, talvez acima de tudo, é a disposição de participar num verdadeiro diálogo com a diversidade, não apenas nos nossos relacionamentos pessoais, mas também em relacionamentos institucionais e internacionais. Mas isto dá trabalho, e requer paciência. Acima de tudo, implica uma disposição para escutar".