O Ismaili CIVIC Portugal dinamizou hoje uma campanha de dádiva de sangue no Centro Ismaili, em Lisboa. O Príncipe Hussain e a Ministra da Saúde estiveram presentes na campanha, organizada com o objetivo de aumentar as reservas de sangue no país.

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O serviço voluntário há muito que faz parte da tradição Ismaili, assim como o reconhecimento da santidade da vida humana. O Qur’an afirma que "Quem salvar uma vida, será como se salvasse toda a humanidade” (5:32).

Com as reservas de sangue em Portugal a atingirem o seu nível mais baixo em muitos anos, o Ismaili CIVIC identificou uma oportunidade única de contribuir para a sociedade de uma forma significativa. Foi criado no Salão Nobre do Centro Ismaili, um posto de dádiva de sangue que permitiu oferecer aos membros do Jamat e ao público em geral, um ambiente seguro e sereno para a dádiva, e a oportunidade de salvar uma vida.

Em parceria com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, o evento foi organizado para coincidir com o Dia Nacional do Dador de Sangue, que se realiza a 27 de março, todos os anos. Os profissionais de saúde do IPST doaram o seu tempo de forma voluntária para apoiar a iniciativa de hoje.

A Dra. Marta Temido, Ministra da Saúde, foi recebida no Centro Ismaili pelo Príncipe Hussain, e mencionou a sua admiração pelos voluntários do Ismaili CIVIC.

"Hoje o que estamos aqui a assinalar é uma iniciativa da Comunidade Ismaili em Portugal e do IPST no sentido de, de alguma forma, também apelar à dádiva e também assinalar o dia do Dador de Sangue de amanhã", afirmou ela.

Como parte da campanha, a Dra. Marta juntou-se a outras 75 pessoas, doando sangue, e apelou a outros dadores elegíveis para que fizessem o mesmo.

O fornecimento consistente de sangue é essencial para o sistema de saúde de qualquer nação. Em Portugal, os hospitais solicitam diariamente 800-1000 unidades de sangue para transfusão, partos, cirurgias e tratamento de doenças como a anemia falciforme, alguns cancros, e para situações de acidentes ou lesões.

"Hoje tive a oportunidade de estar com muitos profissionais de saúde, voluntários e dadores", continuou a Dra. Marta, "e agradeço àqueles que continuam a apoiar as reservas de sangue em Portugal".

Para pacientes que dependem de transfusões regulares, uma interrupção no fornecimento pode ser uma questão de vida ou morte. De acordo com a Cruz Vermelha, uma dádiva de sangue pode salvar até três vidas.

"Dar sangue é dar vida", disse Marco Marques, que visitou o Centro Ismaili, Lisboa, para dar sangue pela primeira vez.

"Foi um prazer participar - algo que já pensava há uns anos", continuou o Sr. Marco. "A equipa médica foi atenciosa e informativa, e o processo foi bastante tranquilo e indolor".

"Este sentimento de partilha fez-me vir aqui e penso que é importante que todos estejamos preocupados em construir um mundo melhor e salvar o maior número de vidas possível".

A pandemia de Covid-19 teve um impacto negativo no processo da dádiva de sangue, diminuindo a frequência normal das doações, o que levou a uma diminuição das reservas de sangue. Paralelamente, o número crescente de dadores regulares com testes positivos para a Covid-19 obrigou ao cancelamento de dádivas já programadas. Mais de 60% dos dadores de hoje deram sangue pela primeira vez.

Por estas razões, os representantes dos serviços de saúde em Portugal agradeceram ao Ismaili CIVIC e aos seus parceiros por terem organizado a iniciativa de hoje.

"Obrigada pela vossa força solidária", disse a Dra. Maria Antónia Escoval, Presidente do IPST. Precisamos de mais sangue, mais jovens". Os doentes agradecem, pois isto ajuda a salvar mais vidas".

Qualquer pessoa é elegível para dar sangue, desde que seja saudável, e esteja dentro de uma determinada idade e grupo de peso, dependendo das diretrizes de cada país. É seguro dar aproximadamente a cada 12-16 semanas.

O voluntário Karim Rahimo doou sangue em 3 ocasiões diferentes no último ano.

"Sou um dador regular porque sinto que é o meu dever cívico, e não me custa nada", disse ele. "Sabe muito bem dar através do Ismaili CIVIC - costumo dar noutros contextos, mas sinto-me ainda melhor se o fizer com a minha comunidade, como parte desta iniciativa global".