O fenómeno do acentuado envelhecimento humano e, em especial, da população portuguesa, acrescenta um novo desafio: a demência.
O que é Demência e quais os sintomas mais frequentes?
Quais as formas mais comuns da demência?
Qual o tratamento para tratar a demência?
Estas e outras questões foram esclarecidas pela psicóloga clínica Vanda Costa, da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, no passado dia 23 de maio, no Salão Multiusos do Centro Ismaili.
A demência é constituída por um conjunto de sintomas que correspondem a um declínio contínuo e, na maior parte dos casos, progressivo de várias funções.
Vanda Costa referiu alguns desses sintomas, nomeadamente, a perda da memória, a perda frequente de objetos (chaves), esquecimento de informação aprendida, como os nomes dos familiares, desinteresse nas atividades habituais, ausência de controlo das emoções, dificuldade em realizar tarefas como alimentar-se, vestir-se ou cuidar da higiene, isto é, a perda de autonomia.
Algumas das formas mais comuns de demência são a doença de Alzheimer, a doença de Parkinson, a demência vascular, entre outras.
Para o tratamento, foi referido que já existem fármacos muito úteis, quer para otimizar as funções cognitivas quer para reduzir a disfunção comportamental. Apesar da medicação não travar a doença ou reverter os danos causados, pode melhorar a sua qualidade de vida e aliviar a carga sobre os cuidadores.
A nível de prevenção, a dinamizadora mencionou, entre outros, o estilo de vida saudável com exercício físico regular, estimulação cognitiva, alimentação saudável e controlo adequado de fatores de risco vascular.
Durante o workshop, uma participante e cuidadora partilhou a sua experiência no papel de cuidadora de um familiar onde existem laços emocionais e afetivos muito fortes, tendo referido a importância da paciência, da compreensão e, acima de tudo, do amor, como parte do processo de cuidar.
Este testemunho foi essencial pois, segundo referiu Vanda Costa, a doença manifesta-se de várias formas e varia de doente para doente. Mas, acima de tudo, devemos respeitar a pessoa na sua vulnerabilidade.