O linho-da-nova-zelândia ou Phormium tenax pode não ter qualquer semelhança com o “nosso” linho, mas na realidade é também uma planta com utilização têxtil. Os Maori - povo indígena da Nova-Zelândia - utilizam as fibras desta planta a que chamam “harakeke” no fabrico de tecidos e artefactos (cordas e cestaria).

Sendo exótica, com origem na Oceânia, esta espécie está muito bem adaptada ao clima mediterrânico e aos nossos solos. Resiste aos ventos marítimos e à secura, bem como à poluição urbana, podendo tornar-se invasora. No Centro Ismaili, está plantado no Jardim dos Frutos e no Jardim dos Jacarandás, formando texturas contrastantes com os bambus e os Juniperus.

Trata-se de uma planta herbácea de textura fibrosa, não lenhosa, que se propaga por caules subterrâneos (rizomas). Não tem um ciclo anual muito marcado, uma vez que a sua folhagem conserva sensivelmente a mesma forma ao longo do tempo, característica que é muito apreciada para fins ornamentais. Possui grandes folhas em forma de lâmina e dispostas como um leque aberto, que podem ultrapassar a altura de uma pessoa. Reproduz-se essencialmente por via assexuada, emitindo novos rebentos a partir do caule subterrâneo.

Ao fim de alguns anos de desenvolvimento, produz uma grande haste floral (pode chegar aos 4m!), em que pequenas flores tubulares surgem em largas panículas de cores vibrantes, laranja ou castanho-avermelhado.

Neste momento é uma planta com grande interesse comercial, disponível em viveiros de todo o mundo, sendo que dentro da mesma espécie podemos encontrar algumas variedades com folhagem de outras cores, lisas ou riscadas - vermelho-púrpura, bronze ou verde e branca. Quase se pode dizer que existe Phormium para todos os gostos!