Todos conhecemos, até porque todos já vivemos e sentimos na pele, o descontrolo emocional, o desespero, o medo, a frustração, a tristeza. Mas também já sentimos a euforia, a alegria e a satisfação. Estas e outras emoções podem ser provocadas por acontecimentos ou experiências, que de forma mais direta ou indireta, já vivenciámos.
As emoções também são provocadas por ideias e pensamentos que, ao longo do tempo, se vão fixando como convicções e que, quando nos vêm à mente, despertam determinada emoção.
Por exemplo: se em algum momento tivemos uma experiência desagradável que nos provocou frustração e desilusão, é natural que tenhamos registado na nossa mente que todas as situações semelhantes nos irão provocar o mesmo mal-estar.
Por isso é que às vezes reagimos de forma descontrolada a todos os pensamentos que nos façam recordar aquela emoção desagradável.
Esta sequência de acontecimentos mentais é de tal forma dinâmica e, aparentemente, tão natural, que quase nunca paramos ou perdemos tempo a pensar sobre o nome da emoção, nem porque a sentimos, e muito poucas vezes refletimos sobre se faz sentido.
As emoções negativas ou positivas têm a função de nos proteger e quanto mais soubermos sobre a sua função e de que modo afeta os nossos pensamentos e comportamentos, mais eficazmente aprendemos a lidar e a gerir as situações que a vida nos coloca à frente.
Não podemos fugir sempre das emoções negativas. Nem podemos fingir que só sentimos emoções positivas.
Daí que falar de saúde mental é, indiscutivelmente, falar de saúde emocional.
As emoções positivas ou negativas são como uma sirene de alerta que soa inesperadamente. Por isso é que é importante saber o seu significado, reconhecer o seu motivo. Porque só desse modo iremos ter a lucidez para distinguir se é um alerta falso ou um alerta verdadeiro.
O controlo emocional aprende-se. Os pensamentos educam-se. E a nossa saúde mental depende deste equilíbrio entre a emoção e a razão.