De acordo com os dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), em Portugal são detetados, anualmente, cerca de 6.000 novos casos de cancro da mama (sendo que apenas 1% acontece nos homens) e 1.500 mulheres morrem com esta doença.
O mês de outubro foi assinalado por dois eventos: no dia 15 assinalou-se o Dia Mundial da Saúde da Mama e no dia 30 o Dia Nacional da Luta contra o Cancro da Mama. O movimento conhecido como “Outubro Rosa” nasceu nos Estados Unidos, na década de 1990, para estimular a participação da população no controlo do cancro da mama. A data é celebrada anualmente, com o objetivo de promover a consciencialização sobre a doença e partilhar informações sobre o cancro de mama.
QUEM ESTÁ EM RISCO?
As causas exatas para o cancro da mama ainda não são completamente entendidas. No entanto, a investigação tem demonstrado que existem mulheres que apresentam maior probabilidade para cancro da mama por associação a determinados fatores de risco, que incluem: Idade, Histórico Familiar, Gravidez Tardia (primeira gravidez após os 31 anos), Alterações Genéticas, História Menstrual Longa (primeira menstruação em idade precoce e menopausa tardia), Raça (mais frequente em mulheres caucasianas), Terapêutica Hormonal de Substituição, Radioterapia prévia na zona do peito, Densidade mamária, Obesidade pós-menopausa, Inatividade física e Consumo de bebidas alcoólicas.
QUAIS OS SINAIS DE ALERTA?
O fato de não apresentar nenhum dos fatores de risco não deve ser encarado com um sinónimo de não se vir a desenvolver um cancro. Assim, é importante estarmos atentos aos primeiros sinais:
- Qualquer alteração a nível de aspeto ou palpação da mama (cor, textura ou tamanho);
- Pele da mama, auréola ou mamilo a descamar, vermelho ou inchado, podendo apresentar saliências ou reentrâncias com um aspeto de "casca de laranja";
- Presença de um ou mais nódulos (“caroços”) na zona da mama ou da axila;
- Sensibilidade no mamilo ou retração do mesmo;
- Saída de líquido pelo mamilo (se não estiver a amamentar).
COMO DETECTAR?
Realizar o rastreio do cancro da mama, mesmo sem apresentar qualquer sintoma, é essencial para que este possa ser diagnosticado precocemente. Se a deteção for precoce, a probabilidade do tratamento ser eficaz e bem-sucedido é muito mais elevada. A Direção Geral de Saúde recomenda o seguinte:
- Para todas as mulheres sem sintomas nem queixas: recomenda-se o rastreio do cancro da mama por mamografia (raio-X da mama) de 2 em 2 anos, no grupo etário dos 50 aos 69. Deve ser mantida vigilância regular no médico assistente. Para as mulheres com idade > 69 anos, a mamografia de rastreio está indicada a cada dois ou três anos.
- Mulheres com risco moderado a elevado (história familiar de cancro da mama): devem manter seguimento regular em consulta de especialidade e os exames a executar e quando executar serão definidos pelo médico especialista.
- Mulheres de qualquer idade com sinais ou sintomas referentes à mama, ainda que com rastreio efetuado há menos de 2 anos: devem consultar o médico assistente.
- Mulheres com história pessoal de cancro da mama: devem manter seguimento em consulta especializada.
Para mais informações consultar:
https://www.ligacontracancro.pt/cancro-da-mama/
https://www.dgs.pt/directrizes-da-dgs/normas-e-circulares-normativas/nor...