Que momento é este que estamos a viver? Quando regressa a normalidade? Como lidar com isto? Estas e outras questões tomam, inevitavelmente, uma grande parte dos nossos pensamentos, devido ao surto de COVID-19.

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A pandemia da COVID-19 trouxe o confinamento, o distanciamento físico, o medo da infeção, a crise económica e a incerteza do futuro. Os planos foram adiados, os hábitos reajustados e a vida nunca mais foi a mesma. O aumento do stress e da ansiedade fizeram com que a nossa saúde mental saísse prejudicada.

O isolamento social a longo prazo e a negligência dos cuidados básicos para a manutenção mínima da saúde mental, pode ser prejudicial à saúde de qualquer pessoa e ter um efeito ainda maior nos seniores. Considerados como parte do grupo de risco, alguns seniores enfrentam esta pandemia com medo e receio.

Ao longo dos anos, a saúde mental de um indivíduo pode sofrer várias alterações que são influenciadas por acontecimentos, relações, experiências, fatores biológicos, entre outros. É por isso importante manter-se alerta, cuidar do corpo e da mente, não ter medo de pedir ajuda a profissionais qualificados, se necessitar, e não ter vergonha de abordar o assunto.

Estima-se que uma em cada cinco pessoas em Portugal tenha uma doença mental.

É importante lembrar que isolamento social não é e nem deve significar isolamento emocional. Idosos sozinhos em casa ou em casas de repouso, distantes da família, podem de ter contato humano através de telefonemas ou videochamadas. Eles precisam de se sentir acolhidos, amados e assistidos.

O autocuidado é uma arma para não adoecermos, física e mentalmente. Da higiene à alimentação, do exercício físico ao sono, é essencial que estas rotinas sejam asseguradas para se manterem as defesas e capacidades. 

Atividades demasiado passivas, como ver televisão durante largos períodos de tempo, não são muito benéficas.

Ver demasiadas notícias pode ser um fator que gera mais ansiedade e angústia, por isso, deve informar-se apenas sobre o necessário e em canais de confiança.

É fundamental que se invista em atividades que estimulem o raciocínio. Os passatempos como palavras-cruzadas, sudoku e quebra-cabeças podem ser boas alternativas.

Destacam-se ainda atividades como a leitura, ouvir música e o exercício físico, que desencadeiam uma sensação de bem-estar, tranquilidade e conforto; ter um estilo de vida saudável, no que diz respeito à alimentação e o sono; desfrutar de uma rede de relações positivas, seja familiar ou de amizade.