Em relação à dimensão “tempo”, é interessante perceber como o ritmo e a pressa em fazer várias coisas ao mesmo tempo, foram obrigados a desacelerar.
Fomos “convidados" a reaprender a ter paciência e a fazer pausas forçadas no nosso conceito de urgência. Afinal, algumas das coisas urgentes tiveram que esperar e outras passaram a ser mais urgentes, como é o caso da saúde (nossa e dos outros).
Os nossos hábitos também tiveram de se reinventar. Tivemos que valorizar o convívio à distância porque a liberdade de estar com quem e onde queremos pode ser momentaneamente confinada.
Agora percebemos com clareza que, cuidar do bem-estar dos nossos exige dedicação e tempo. Percebemos que não é suficiente falar dois, três ou cinco minutos uns com os outros e sempre à pressa. Porque agora sim, começamos a entender o isolamento dos mais idosos e as limitações de nos deslocarmos para onde queremos.
Aprendemos muito com os comportamentos solidários, ao nível individual, coletivo e profissional. A empatia que sentimos e que permite colocarmo-nos nos sapatos do outro tem de servir o propósito de melhorar o ADN do ser humano.
Por isso, faz sentido salientar a solidariedade como um dos valores que nos permitirá lidar com novos desafios e construir uma nova normalidade.