A música pode ser a aliada perfeita para ajudar a estimular a nossa atividade cerebral. Quem o diz é a neurociência. Saiba como!

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Segundo a Dra. Maura Boldrini, professora e investigadora na área de neurobiologia e psiquiatria nos EUA, “descobrimos que uma pessoa mais velha tem a mesma capacidade de produzir milhares de novos neurónios do hipocampo, a partir de células-tronco, como um jovem (…) também descobrimos que o volume do hipocampo é semelhante (estrutura cerebral usada para emoção e cognição) em todas as idades”.

No entanto, também é verdade que os indivíduos mais velhos formam menos novos vasos sanguíneos dentro das estruturas cerebrais. Por isso, não devemos esquecer que exercício físico moderado, combinado com exercícios mentais, é de extrema importância para ajudar a prevenir o seu declínio. 

Há atividades muito simples e agradáveis que o podem ajudar a conseguir isso, como ouvir música. Por isso, deixe-se levar pela música porque esta vai ajudá-lo a desenvolver novas células cerebrais.

Os benefícios de simplesmente ouvir a música que gosta

Quando o tema se trata de manter os nossos cérebros estimulados à medida que envelhecemos, alguns estudos mostram que a música ativa os quatro hemisférios do cérebro, o que leva a uma melhoria da nossa atividade cerebral. 

A razão pela qual a música pode ajudá-lo a concentrar-se está relacionada ao fato de esta estimular os neurotransmissores a produzir dopamina, o que afeta diretamente:

  • O humor
  • A produtividade
  • A eficiência
  • A criatividade

A preferência pessoal parece ser outra componente importante para a capacidade que a música tem de aumentar a função cerebral. Ouvir a música que se gosta pode aumentar a nossa atenção/foco, porque mexe com regiões do cérebro que controlam as nossas emoções.

Uma equipa de investigadores suecos descobriu que ouvir frequentemente a música que se gosta pode ajudar a equilibrar os níveis de cortisol - a hormona do stress. Também pode ser um ótimo analgésico porque ao distraí-lo aumenta as emoções positivas. Por isso, ouvir música está associado à redução da dor e do stress, além de ter a capacidade de melhorar o controlo dos sintomas em pacientes com dor crónica, como pacientes com fibromialgia. 

A música ajuda pacientes com demência a recordar memórias e emoções

Segundo o neurologista Oliver Sacks, conhecido pelo seu documentário “Alive Inside” (vivo por dentro) “a música desperta emoções e as emoções podem trazer memórias… ela traz de volta a sensação da vida quando nada mais consegue”.

Formação musical precoce beneficia a plasticidade cerebral na vida futura

A Dra. Nina Kraus descobriu, após um estudo em 2012, que os idosos que tocaram um instrumento musical quando eram crianças têm uma resposta cerebral mais rápida do que indivíduos que nunca tocaram um instrumento - mesmo 40 anos depois de terem parado de praticar.

É cada vez mais comum a consciencialização da lista interminável dos efeitos positivos da música para o nosso corpo e mente. Por isso, não há desculpa para negar ao seu cérebro a “afinação” que ele merece!