O Ikhwān al-Ṣafāʾ (Irmandade da Pureza), os adeptos anónimos de uma fraternidade esotérica do século X sedeada em Basra e Bagdad, ocupam uma posição eminente na história da ciência e da filosofia no Islão devido à ampla receção e assimilação da sua enciclopédia monumental, a Rasāʾil Ikhwān al-Ṣafāʾ (Epístolas da Irmandade da Pureza).

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As Epístolas 32 a 36 compreendem os cinco primeiros tratados da terceira divisão do Rasa'il, sobre as ciências da alma e do intelecto. Combinando a revelação islâmica com a filosofia helenística, o Ikhwan delinea aqui o seu sistema metafísico.

As Epístolas 32 e 33 apresentam adaptações das doutrinas pitagóricas, e dos lemas neo-platonistas, através das quais uma analogia numérica é aplicada ao Deus único e transcendente, ou Aquele, de quem emana toda a existência. A Epístola 34 retoma o tema omnipresente da correspondência entre microcosmo e macrocosmo, situando o ser humano como o elo central entre o reino celestial e o reino terrestre. Na Epístola 35, encontramos uma explicação das faculdades intelectuais da alma humana individual, cujo objetivo último é a ascensão à realidade intemporal do intelecto puro. Finalmente, a Epístola 36 apresenta-se como a epístola astrológica por excelência do Rasa'il; desde a vinda dos vermes, à emergência de religiões e impérios, nada na esfera sub-lunar escapa à influência determinante dos ciclos celestes.

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