Ler prejudica gravemente a ignorância

“Ler prejudica gravemente a ignorância”, lê-se aqui e ali. O confinamento dos livros pode trazer grandes malefícios para o futuro da humanidade: deixar a imaginação e criatividade domadas a um canto, ver o espírito crítico minguar, desvalorizar a busca de informação em fontes fidedignas… O que será de nós, então?

Que as restrições físicas e sociais de hoje, expressas pelas autoridades, em prol da população global, sirvam para nos ajudar a focar no que realmente importa e a melhorar o nosso ser.

- Vou fazer exercício.
- Comecei uma dieta de 30 dias!
- E se eu reorganizasse a minha casa?

E se aproveitássemos para…ler? E se incentivássemos os nossos filhos a tomar o gosto pelos livros, pela sensação que o papel tem nas nossas mãos, pela magia que nos podem trazer as histórias dos autores? Pois basta uma história por dia para que esse gosto se transforme em hábitos futuros que constroem personalidades empáticas e reflexivas, e gerem cidadãos ativos e responsáveis. Pensemos nestes hábitos como no Efeito Borboleta: as asas de uma borboleta que aqui bate pode, sim, criar um tufão, mais tarde, no outro lado do mundo.

As livrarias estavam, até há poucos dias, encerradas, mas há certamente a opção de aquisição online. Aliás, as bibliotecas municipais estavam, até há poucos dias, encerradas, mas hoje já há a opção de empréstimo de livros, ainda que seja por marcação prévia (espreite o site das BLX).

O toque do papel na ponta é, sem dúvida, único, mas existem outras opções para ganhar maior proximidade aos livros. O Projeto Adamastor disponibiliza, à distância de um click, e-books em português para descarregar de forma gratuita, outros links onde encontra mais e-books gratuitos e ainda audiolivros para crianças. Navegando online, facilmente encontramos contadores de histórias que nos brindam com o seu talento, como a Hora do conto infantil com Ana Lázaro, pela Porto Editora.

Ainda sem ideias? Espreite as ideias e os desafios do Plano Nacional de Leitura, para jovens e crianças.

Caso ainda haja margem para dúvida, o tão conhecido psicólogo Eduardo Sá explicou “Para que servem as histórias?”, em direto, no Facebook da LeYa Educação. O Dr. Mário Cordeiro diz-nos  Como todas as histórias começam por uma palavra, para os mais aventureiros, que queiram iniciar-se na escrita. Ou ainda, o artigo de abril do AKEB “Um pai que lê, uma criança que alcança” traz algum esclarecimento.

De facto, podem os psicólogos e especialistas dizer-nos muito, mas e as crianças? O que dizem, quando se lhes dá voz?

- [Os livros são importantes], sim. Acalmam-nos o coração…e o cérebro também.
(Anónimo, 6 anos, Lisboa)

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