Estará o distanciamento físico a transformar-se em isolamento social, particularmente nos seniores? Quais serão as consequências, a curto e longo prazo, deste distanciamento/isolamento social? Que medidas podemos tomar para minorar as consequências do isolamento social nos mais idosos?
O isolamento social é, principalmente:
- Ausência de contacto social ou familiar;
- Ausência de envolvimento na comunidade ou com o mundo exterior;
- Ausência ou dificuldade no acesso a serviços.
O isolamento social é preocupante, no geral, mas mais ainda em algumas situações de maior vulnerabilidade, como os seniores que vivem sozinhos e cujos contactos se faziam com as visitas de familiares, amigos ou voluntários, mas que agora foram interrompidas. As situações em que o distanciamento físico deu lugar ao isolamento social têm tido consequências físicas e mentais importantes.
Existem condições físicas e psicológicas que podem aumentar o risco de isolamento social:
- Doença mental;
- Doença crónica;
- Mobilidade reduzida;
- Incapacidade (ex: surdez);
- Ser cuidador informal permanente.
Enquanto comunidade, temos o dever de criar oportunidades para as pessoas participarem em atividades sociais, culturais, lúdicas, desportivas e espirituais. Nesse sentido, Elderly Care tem promovido sessões online para minorar o impacto psicológico negativo e tem motivado a comunicação e convívio através das redes sociais.
As tecnologias têm tido um papel muito relevante, pois permitem o contacto regular com a família e amigos, diminuindo a solidão e aumentando o bem-estar dos idosos.
No entanto, não podemos esquecer as disparidades que existem no acesso e conhecimento de utilização destas ferramentas. Apesar de ser uma ferramenta poderosa, pode não ser a resposta para todos os seniores, por isso, devemos ter a capacidade de individualizar as medidas a tomar.
A existência de uma boa harmonia familiar, a autoestima e a autonomia são também fatores que ajudam a evitar a solidão e o isolamento.
O distanciamento físico continuará a ser uma medida importante para diminuir o contágio, mas devemos evitar que este se transforme ou potencie o isolamento social, particularmente na população mais vulnerável.