Desde março de 2020 que, devido à pandemia, as expressões do dia-a-dia passaram a ser: lavagem das mãos, regras de etiqueta respiratória, uso de máscara e distanciamento físico.

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Estará o distanciamento físico a transformar-se em isolamento social, particularmente nos seniores? Quais serão as consequências, a curto e longo prazo, deste distanciamento/isolamento social? Que medidas podemos tomar para minorar as consequências do isolamento social nos mais idosos?

O isolamento social é, principalmente:

  • Ausência de contacto social ou familiar;
  • Ausência de envolvimento na comunidade ou com o mundo exterior;
  • Ausência ou dificuldade no acesso a serviços.

O isolamento social é preocupante, no geral, mas mais ainda em algumas situações de maior vulnerabilidade, como os seniores que vivem sozinhos e cujos contactos se faziam com as visitas de familiares, amigos ou voluntários, mas que agora foram interrompidas. As situações em que o distanciamento físico deu lugar ao isolamento social têm tido consequências físicas e mentais importantes. 

Existem condições físicas e psicológicas que podem aumentar o risco de isolamento social:

  • Doença mental;
  • Doença crónica;
  • Mobilidade reduzida;
  • Incapacidade (ex: surdez);
  • Ser cuidador informal permanente.

Enquanto comunidade, temos o dever de criar oportunidades para as pessoas participarem em atividades sociais, culturais, lúdicas, desportivas e espirituais. Nesse sentido, Elderly Care tem promovido sessões online para minorar o impacto psicológico negativo e tem motivado a comunicação e convívio através das redes sociais. 

As tecnologias têm tido um papel muito relevante, pois permitem o contacto regular com a família e amigos, diminuindo a solidão e aumentando o bem-estar dos idosos.

No entanto, não podemos esquecer as disparidades que existem no acesso e conhecimento de utilização destas ferramentas. Apesar de ser uma ferramenta poderosa, pode não ser a resposta para todos os seniores, por isso, devemos ter a capacidade de individualizar as medidas a tomar.

A existência de uma boa harmonia familiar, a autoestima e a autonomia são também fatores que ajudam a evitar a solidão e o isolamento.

O distanciamento físico continuará a ser uma medida importante para diminuir o contágio, mas devemos evitar que este se transforme ou potencie o isolamento social, particularmente na população mais vulnerável.