A ansiedade é uma emoção normal, que é experienciada por muitas pessoas no seu dia-a-dia. Mas quando persiste e na nossa cabeça não há meio de contorná-la, torna-se um “peso”, que causa sofrimento e que interfere com as nossas atividades diárias e as nossas relações interpessoais; abala a nossa autoconfiança e traz-nos muita insegurança. A situação pandémica que atualmente enfrentamos sem dúvida que gera muita ansiedade. Milhares de estudantes estão confinados em casa, a ter aulas online e a sentir uma falta de acompanhamento, uma sensação de isolamento e de quebra, que pode ser difícil de gerir. Portanto, trago-vos aqui algumas dicas que eu tento incorporar no meu quotidiano e que, segundo estudos científicos, resultam muito bem para ajudar a combater a ansiedade e não deixar que ela interfira no sucesso das vossas atividades diárias. Não permitam que isso aconteça!
O primeiro passo é aceitar: aceitar que a vida não é um mar de rosas e que nada é perfeito e nem tudo vai sair sempre bem. Há coisas que simplesmente não conseguimos controlar e isso é normal, não é nenhuma derrota se as coisas não correrem bem. É muito importante termos autoconfiança e acreditarmos nas nossas capacidades. Cabe-nos manter a dedicação, o trabalho árduo, a resiliência e nunca baixar os braços perante os nossos sonhos e ambições. Amanhã será um dia melhor.
Um grande alicerce de sucesso é uma gestão eficiente do tempo: estudar quando temos de estudar, estudar a sério, isto é, com concentração e sem distrações alheias. Um estudo de qualidade não é necessariamente um estudo de quantidade: o número de horas de estudo não é o mais importante. Concomitantemente, ter uma boa organização é fulcral e vai deixar-nos mais tranquilos saber que temos tudo controlado, seja fazendo mesmo uma lista ou, simplesmente, refletir e mentalmente ter o nosso dia bem planeado. Isso vai ajudar-nos muito.
Algo que também é extremamente relevante é manter um equilíbrio entre as tarefas a fazer, o estudo e o extra. É importante viver para além do estudo: ter um hobbie ou praticar desporto faz muito bem à nossa saúde mental, vai libertar hormonas como a dopamina e endorfina, que são hormonas da felicidade. É importante presentearmo-nos com algo que realmente gostamos de fazer, como ver uma série, ler um livro, ouvir musica, descontrair, seja o que for…
Uma forma de relaxar e de escapar ao stress pode ser através da meditação. Existem técnicas de respiração e de relaxamento que vão meter o nosso sistema nervoso parassimpático a funcionar e que reduzem o ritmo cardíaco.
Um aspeto importantíssimo, e que muitas vezes é subvalorizado, é ter um descanso de qualidade - dormir pelo menos 8 horas vai aumentar a nossa produtividade.
E, por fim, e a meu ver, o mais importante de tudo: alimentar bons pensamentos e cultivar a positividade - os nossos pensamentos têm muita influência sobre os nossos sentimentos e ações. Há que evitar a 100% os pensamentos negativos.
Em suma, é extremamente saudável rodearmo-nos de pessoas que nos fazem sentir bem e desabafar/pedir ajudar, de forma a não guardarmos a ansiedade para nós e ouvirmos as coisas de uma outra perspetiva, seja com familiares, amigos, um psicólogo ou com quem nos sentirmos mais à vontade.
por Inara Ali
A Inara é estudante universitária e assume a ansiedade como uma presença constante na sua vida, algo que tem sempre procurado combater, arranjando formas para não se sentir assim e conseguir dar sempre o seu melhor. Com otimismo afirma: “A ansiedade só serve para atrapalhar, somos muito mais eficazes sem ela!”
