No dia 29 de Março, a Orquestra da Gulbenkian, conduzida pelo maestro Pedro Neves, atuou em conjunto com os Master Musicians da Iniciativa Aga Khan para a Música, do Tajiquistão, Síria e Afeganistão, na presença de Mawlana Hazar Imam e membros da Sua família.

 

Nesta noite em que celebramos a diversidade da expressão artística através da música, Mawlana Hazar Imam esteve acompanhado pelo Príncipe Amyn, Príncipe Hussain, e pelo Príncipe Aly Muhammad. Também estiveram presentes ilustres convidados, entre eles o antigo Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, e o antigo Primeiro Ministro, Dr. Francisco Pinto Balsemão.

Os Master Musicians são artistas do Médio Oriente, da Bacia Mediterrânea, Sul e Centro Asiático, que se inspiram na sua herança cultural. São artistas e compositores de renome que pisam os mais célebres e prestigiados palcos, mas que são também professores, mentores e curadores, que enriquecem a rede inter-regional dos programas educativos da Iniciativa Aga Khan para a Música.
 

Esta Ensemble aproxima países e continentes, tanto no presente como no passado, através da exploração de diversas formas da música clássica, folk, jazz e contemporânea. Uma fusão que contribuiu significativamente para a missão da Iniciativa Aga Khan para a Mùsica de revigorar a cultura e o pluralismo intelectual, nos países em que se estabelece.

   

No seu discurso introdutório, o Princípe Amyn enfatizou a importância da música no sociedade atual: “Nos tempos em que o fortalecimento da tolerância e do pluralismo se tornaram uma prioridade global, a música é uma das artes que serve como meio para alcançar, envolver  e unir as sociedades internacionais ao enaltecer emoções que todos partilhamos enquanto seres humanos.” O Príncipe Amyn afirmou ainda: “Uma vez disse que a música é feita de sonhos e que é o eco dos sonhos, e, eu acredito que toda a humanidade partilha os mesmos sonhos em grande escala.”
 

O Príncipe Amyn partilhou também algumas das suas aspirações para os Prémios Aga Khan para a Música, declarando que estes devem “servir como um catalisador para projetos futuros que atravessam a herança musical muçulmana e alcançam os limites de tempo, lugar, sítio e cultura, assimilando as tradições e características de outras heranças num som global e pluralista”.

 

Isabel Mota, a Presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, também ressalvou a importância dos Prémios Aga Khan para a Música, definindo-os como “de extrema relevância para o reconhecimento da tradição-inspiração contemporânea musical nas culturas com presença islâmica”.

 

“Precisamos de um mundo no qual as diferentes identidades e culturas são respeitadas e onde podemos compartilhar uma ideia de bem comum”, afirmou Mota. “A Rede Aga Khan para o Desenvolvimento, através da Fundação Aga Khan em Portugal, e a Fundação Calouste Gulbenkian têm sido parceiros estratégicos, durante décadas e em diferentes domínios, especialmente na área social, mas também nas artes e na sua capacidade de acolher sociedades mais tolerantes e inclusivas.”
 

O concerto foi antecedido de uma receção na qual o CEO dos CTT, Francisco Lacerda, procedeu ao lançamento de um selo comemorativo, em honra dos Prémios Aga Khan para a Música.