O Centro Cultural de Belém acolheu o lançamento do segundo ciclo do Plano Nacional das Artes 2024-2029, destacando o papel da arte na educação e cultura em Portugal.

Na passada segunda-feira, 21 de outubro de 2024, o Grande Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB) acolheu a apresentação do segundo ciclo estratégico do Plano Nacional das Artes (PNA), um evento que marcou o lançamento das diretrizes para os próximos cinco anos. A sessão teve início com as boas-vindas de Paulo Pires do Vale, Comissário do PNA, e Sara Brighenti, Coordenadora do PNA, que sublinharam o papel fundamental da arte na educação e na cultura em Portugal.

Depois, os presentes foram brindados com um momento poético-musical, onde foram interpretados os poemas «Toda a poesia é luminosa», «Quase nada» e «Procura a maravilha», da obra de Eugénio de Andrade, sob a direção do maestro Luís Cipriano. Este projeto, oriundo do Fundão, foi apresentado pelo Coro Infantil da Beira Interior e pelo Coro Misto da Beira Interior, acompanhados por percussão.

Através de um 'voo de pássaro', expressão utilizada por Paulo Pires do Vale, foi feito um percurso pelos cinco anos de existência do PNA, cujo mote foi «Árvore a explosão lentíssima de uma semente», de Bruno Munari. Entre os diversos contributos, destacou-se o desejo de estreitar e consolidar um trabalho conjunto com a Fundação Aga Khan, valorizando a vasta experiência desta no terreno, especialmente em modelos de formação, como a Pedagogia-em-Participação, e a promoção da inclusão, com um foco particular na questão da língua.
Seguiu-se a exibição de um filme, dirigido por Pedro Senna Nunes, que refletiu sobre o impacto das ações do PNA desde a sua criação, em 2019.

A cerimónia prosseguiu com a entrega dos Prémios de Reconhecimento PNA, apresentados por Maria de Assis que homenageou instituições que se distinguiram pela sua contribuição para a promoção das artes em contextos escolar e comunitário.
Foi revelada a nova estratégia do PNA para o período 2024-2029, sob o mote «amo a lenta floração dos bandos», de Daniel Faria.

O evento foi encerrado pela Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, e pelo Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, que reforçaram o compromisso do governo com o Plano Nacional das Artes.