Existem expressões e conceitos a que todos nos habituamos, não refletindo sobre os efeitos emocionais que representam no nosso pensamento, no nosso comportamento e nas nossas atitudes de vida. Fazemos associações entre conceitos, sendo esta uma das formas que nos permite economizar espaço mental para continuar a armazenar conhecimento e, até mesmo, simplificar a linguagem.

Para compreender o significado de alguns conceitos, precisamos de fazer associações com outros significados, semelhantes ou opostos, e assim vamos aprendendo a relacioná-los entre si e a aplicar na realidade o que vamos adquirindo na teoria.

Utilizamos expressões, numa linguagem corrente, que nos “facilita” a compreensão e que poderão até servir para distinguir conceitos de natureza institucional ou jurídica, face à organização na sociedade. 

No entanto, silenciosamente tornaram-se associações erradas e prejudiciais. Ao relacionarmos vulgarmente a idade para trabalhar com o tempo no ativo e a idade da reforma com tempo para repousar, estamos a influenciar a nossa atitude e comportamento. Exemplos disto são algumas expressões correntes que todos os dias dizemos ou ouvimos, tais como: “já não estou no ativo” ou “finalmente chegou a idade da reforma… agora posso descansar”. 

É justamente quando chegamos à idade da reforma que mais necessitamos de estar e de ser ativos, interessados e de nos envolvermos em áreas de interesse. É o tempo ativo (em termos de ocupação na vida) e não o tempo no ativo (em termos de atividade laboral) onde reside toda a diferença.  

Estar ativo e ser ativo na e com a nossa vida não se esgota nem se reduz aos anos de atividade laboral ou institucional.

Estar ativo e ser ativo na e com a vida é fortalecer a nossa saúde e bem-estar físico e mental. É prevenir estados depressivos e autodestrutivos, é não permitir que o repouso se instale e nos paralise a idade ativa.