A dignidade não tem idade e os cuidadores e/ou familiares responsáveis pelas pessoas seniores, cuja autonomia e saúde em geral se encontram vulneráveis, cumprem uma missão de valor incalculável. Estes zeladores da dignidade dos seniores têm um desafio maior porque também têm de cuidar de si mesmos.
Respeitar o outro sem perder o respeito por si próprio é fundamental.
Criar empatia e responder às necessidades do outro não significa colocar em risco as necessidades individuais.
Cuidar e zelar pela saúde e bem-estar do outro só é eficaz se quem cuida se encontrar física e psicologicamente equilibrado.
Por isso, o nosso “olhar” tem de incluir as pessoas que fazem parte do núcleo afetivo e familiar em que o sénior se encontra, e que têm a responsabilidade de manter os cuidados do “seu” sénior.
Se é fundamental proporcionar condições de qualidade de vida aos seniores e desenvolver atividades de estimulação cognitiva, bem como atividades físicas e lúdicas, é igualmente importante favorecer espaços de aprendizagem e convívio entre cuidadores, para que a partilha de experiências, a aquisição de estratégias e os momentos de lazer façam parte do seu bem-estar.
É responsabilidade de todas as comunidades, de todos nós, cuidar dos seniores e de quem cuida deles, assegurando que a dignidade não envelheça e não adoeça.