O mundo mudou no último ano. Temos sido desafiados a repensar e a reorganizar as nossas expectativas, rotinas e relações. A nossa capacidade de aceitação e adaptação tem sido testada, talvez, como poucas vezes o terá sido no passado.

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Vivemos numa sociedade onde a noção de família é culturalmente central. Precisamos de contacto, afeto e proximidade. 

Como grupo de risco, os seniores têm sido alvo da nossa atenção com o objetivo de os proteger. Na sequência das medidas de prevenção implementadas, assistimos a períodos de limitação de visitas em instituições de saúde e de apoio a seniores e redução dos contactos sociais e mesmo familiares. Estas medidas, ainda que necessárias e adequadas, não deixam de ter repercussões na vida dos seniores, seus familiares e seus cuidadores.

A preocupação com o isolamento dos seniores, e respetivas consequências, tornou-se ainda mais evidente no atual contexto e nesta época festiva. As entidades competentes têm alertado para várias opções possíveis, desde encontros por videoconferência à restrição do número de contactos no dia das festividades, com a realização de quarentenas, arejamento dos espaços, a par com as clássicas recomendações do uso de máscara, distanciamento social e higiene das mãos.

As dificuldades de acesso a meios digitais para comunicação e acesso a recursos online, podem também contribuir para os efeitos nefastos do isolamento, bem como para a limitação de acesso a recursos que permitam manter estilos de vida saudáveis.

Devemos, porém, salientar, que muitos seniores, pela sua experiência de vida, são muito resilientes. 

Manter a saúde física e mental nesta fase tão exigente, implica seguir algumas recomendações em linha com as orientações da Organização Mundial da Saúde, que podem ser úteis.

Nesse sentido, devemos manter um acompanhamento médico regular e cumprir a toma da medicação habitual, procurando ajuda médica sempre que a situação de saúde se alterar. 

É essencial o sénior preservar ritmos de sono e rotinas diárias, mantendo-se fisicamente ativo e alimentando-se saudavelmente.

Limitar a exposição a notícias sobre a pandemia, recorrendo a fontes credíveis, mantendo contactos sociais regulares através de plataformas digitais ou telemóvel, são outras medidas fundamentais. É essencial aceitar a ajuda de terceiros.

Nunca se esqueça: manter o distanciamento físico não equivale a distanciamento social. Isolamento não tem de ser equivalente a solidão.

É importante encontrar formas de estabelecer contacto e manter a esperança de que a situação vai melhorar.

Fonte: https://outline.com/RGGzfw