Espera-se que, até ao ano de 2022, cerca de 42% das competências necessárias para desempenhar as nossas atuais funções se alterem. Nos próximos anos, as competências mais procuradas serão as competências relacionadas com as relações interpessoais, com vendas e com a educação.
Enquanto cidadãos do mundo, torna-se urgente assistirmos e participarmos ativamente numa revolução global no que toca às nossas qualificações.
Tal como Mawlana Hazar Imam mencionou na Cerimónia de Abertura da Aga Khan School em 2002, “tenho a certeza que todos vocês aqui hoje concordarão que vivemos num tempo de rápida mudança - mudança que não é, muitas vezes, previsível, e nem sempre positiva. A melhor forma de gerir a mudança, seja ela positiva ou negativa, é de antecipá-la e de nos prepararmos para a mesma. Com base na minha experiência no desenvolvimento enquanto observador e praticante - que já dura há mais de 40 anos - cheguei à conclusão de que a melhor forma de nos prepararmos para a mudança é através da educação”.
Também em 2022, estima-se que mais de 133 milhões dos novos empregos serão criados para fazer face a uma Quarta Revolução Industrial, pressionada pelas mudanças económicas e demográficas dos dias de hoje. Há muitas perguntas que surgem quando pensamos sobre futuro e o mercado de trabalho. “Como podemos garantir que as pessoas não ficam para trás”, é apenas uma das várias questões que demonstra a urgência de uma união para fomentar a educação, as competências e os empregos até ao ano de 2030. Se tal não acontecer, corremos o risco de não fazer corresponder as nossas competências às necessidades do mundo do futuro.
Para alcançar um progresso significativo na requalificação do mundo, será especialmente importante focarmo-nos nas profissões de rápido crescimento do futuro. Um relatório do Fórum Mundial Económico revela que o crescimento de empregos surgirá de sete áreas profissionais essenciais: assistência e cuidados, engenharia e computação em nuvem, marketing de vendas e conteúdos, análise de dados e inteligência artificial, empregos ecológicos, pessoas e cultura e gestores de projeto especializados.
Porém, há um custo claro para a inovação. Num estudo da Accenture, conclui-se que os países do G20, que inclui os Estados Unidos da América, o Reino Unido, a China, a França, entre outros, ao não atenderem à procura por competências da nova era tecnológica podem colocar em risco o crescimento potencial do PIB na próxima década.
Para além disso, é cada vez mais necessário desenvolver capacidades interpessoais e competências de interação humana, entre elas a criatividade, a colaboração e a dinâmica interpessoal, os recursos humanos e o suporte bem como a colaboração entre os setores público e privado, a fim de fornecer um novo leque de competências que capacitem as pessoas com as ferramentas para melhorarem tanto a nível profissional como pessoal.
Se nos focarmos nesta requalificação necessária, a mobilidade e a inclusão social irão ser impulsionadas, o que irá refletir na diminuição das desigualdades e no crescimento económico. Uma melhoria de apenas 10% na mobilidade social impulsionaria o crescimento económico em quase 5% na próxima década, de acordo com um novo relatório.
Se, por outro lado, apostarmos na estagnação, a atual crise de competências apenas irá provocar a divisão crescente entre ricos e pobres, em todo o mundo. Num cenário como este, será impossível alcançar a paz, a sustentabilidade ambiental, a igualdade ou a prosperidade.
Tal como Mawlana Hazar Imam afirmou, “não nos esqueçamos que, num mundo em constante mudança, a melhor forma de nos prepararmos é antecipar a mudança. Os esforços para alcançar um mundo melhor passam pelo progresso pessoal e aquisição de novas competências”.
Se gostaria de desenvolver competências seja na área das línguas, ou do business e marketing, visite a plataforma The Learning Academy através do website the.ismaili/Portugal/TLA.
Fonte: https://www.weforum.org/agenda/2020/01/reskilling-revolution-jobs-future...
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