Os concertos que marcaram as Celebrações do Diamond Jubilee no palco do Altice Arena, em Lisboa,  revelaram-se um estrondoso sucesso, tendo o Jamat Global de todas as idades aderido em massa e manifestado grande entusiasmo em todos eles. Como afirmou o coordenador dos Concertos do Diamond Jubilee, Ashraf Ramji, os espetáculos visavam “criar um ambiente de celebração, incutir maior apreciação das artes e da música na juventude e em todos os membros da Jamat e dar-lhes a oportunidade de apreciar diversos géneros musicais. Um objetivo que foi plenamente conseguido como prova a adesão do público.

Com efeito, a diversidade reinou quer no concerto Kings of Rhythm, que abriu, a 5 de julho, quer no Sufi Voyage, que, a 10 de julho, os fechou as celebrações dos 60 anos de Imamat de Mawlana Hazar Imam.

No primeiro concerto, a fadista Cuca Roseta, convidada especial, brilhou e conquistou os espectadores ao cantar o grande sucesso de Bolywood Tum Hi Ho. Seguiu-se no palco Cheb Khaled, o cantor argelino conhecido como o “rei” da música Rai e autor de sucessos como Aicha, Didi e C’est la vie, que deixou a plateia entusiasmada com a sua atuação. A dupla Vishal e Shekhar, que teve honras de fecho deste concerto com casa cheia, galvanizou os espetadores com o ritmo animado das suas músicas, com muitos deles, a aproximarem-se do palco e a acompanharem o concerto do pé, levando os cantores a interagirem animadamente com eles.

O Sufi Voyage, que contou com a participação de Fateh Ali Khan Ustad Rahat, Nobovar Chanorov e a dupla Salim-Sulaiman, esgotou em pouco tempo e teve mesmo direito uma sessão vespertina adicional para que todos os que desejavam ver o concerto pudessem cumprir esse seu desejo.

Fateh Ali Khan Ustad Rahat, com os tão apreciados Qawalis, teve uma ovação de pé no fim da sua atuação. Por sua vez, Nobovar Chanorov, intérprete de música tajique, que dividiu o palco com o Fateh Ali Khan Ustad Rahat na primeira parte, deixou o público encantado com a música tajique. As honras do fecho deste concerto coube à popular dupla Salim-Sulaiman, que esteve em palco com Jonita Gandhi, Vipul Mehta e Raj Pandit, e levou os espectadores ao rubro. O príncipe Rahim e a princesa Salwa assistiram à sessão da noite para gáudio dos artistas e do público.

Num comentário ao tema Místico deste último concerto, os artistas Salim e Sulaiman Merchant observaram que “a música Sufi não é apenas devocional. É libertadora.” Por sua vez, Nobovar Chanorov salientou o significado mais elevado do concerto Sufi Voyage. Para ele, o impacto do concerto não se limitou ao ano do Diamond Jubilee, foi na busca mais ampla de promover uma cultura inclusiva e diversificada dentro da comunidade Ismaili. “Sinto que sou o embaixador desta música para os outros, para pessoas que não estão tão familiarizadas com a música tajique, com a Ásia Central”, afirmou, adiantando: “Cada palavra que sai da minha cabeça, cada música que escolhi é especificamente para isso. Não é apenas uma música aleatória, mas tudo foi escolhido para este evento porque estou a representar meus antepassados.”

No final, todos os artistas convidados juntaram-se a Salim e Sulaiman no palco para uma versão de “Jubilee Mubarak”, uma faixa original lançada por Salim-Sulaiman durante as cerimónias de abertura do Diamond Jubilee, em julho passado. Todos estes artistas participaram em 23 concertos globais, tocaram e cantaram para vários públicos por todo o mundo, tendo-se reunido em Lisboa para o final do Jubilee Concerts.

A diversidade musical dos vários artistas em palco reflectiu os valores da diversidade e do pluralismo cultivados pela comunidade Ismaili global.